O surgimento de novas tecnologias chamou a atenção para os modos de produção e circulação da cultura letrada, fazendo com que a história da leitura e do livro avançasse de forma significativa. Ainda que se concentrasse no mais difundido de todos esses objetos – o livro impresso – o interesse dos pesquisadores não se restringiu ao livro, considerando também outras formas assumidas pelos impressos e outros suportes de textos. A atenção a essas formas e suportes é particularmente relevante no Brasil, onde a imprensa aportou tardiamente e o letramento custou a se espalhar pela sociedade.
Esse livro toma parte na construção de uma história da leitura e do livro, examinando diferentes modalidades de comunicação (oral, manuscrito, impresso, hipertexto) e diversas formas e gêneros dos artefatos da cultura letrada (correspondência, cordel, folheto, brochura, almanaque, revista, jornal). Observa, ainda, as possíveis interações entre autor, texto, leitor e livro, assim como os modos de fazer e usar os artefatos da cultura letrada em diferentes contextos da recepção (escola, gabinetes de leitura, bibliotecas, teatro).
Cultura letrada no Brasil: objetos e práticas reúne especialistas que estudam as formas materiais, a produção, a circulação e a recepção de textos no Brasil desde o período colonial até a contemporaneidade. Ao lado das pesquisas nacionais, os trabalhos dos pesquisadores estrangeiros sobre temas afins propiciam novas visadas e abrem perspectivas de interpretação. (Márcia Abreu)
PARTICIPAM DA COLETÂNEA
João Adolfo Hansen, Susana Zanetti, Marisa Lajolo, Rita Marquilhas, Antônio Augusto Batista, Marcello Moreira, Júnia Furtado, Luiz Carlos Villalta, Márcia Abreu (org.), Sandra Vasconcelos, Nelson Schapochnik (org.), Ana Luíza Martins, Isabel Lustosa, João Luís Lisboa, Tânia Regina de Luca, Maria Antonieta Antonacci, Alessandra El Far, Rodrigo Patto Sá Motta, Ana Maria Galvão, Lúcia Bastos Pereira das Neves, Orna Messer-Levin, Jaqueson Luiz da Silva, Gabriela Pellegrino Soares, Mário Feijó, José Luiz Jobim, Aníbal Bragança, Sérgio Bellei, Sônia Regis.
(capa e projeto gráfico: Vande Rotta Gomide
INDISPONÍVEL
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