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Nas últimas décadas rápidas mudanças afetaram as referências teóricas, a produção científica, a responsabilidade política, as metodologias e as práticas no campo educacional, aguçando descompassos e conflitos entre a velocidade da técnica e da ciência e o que é inerente à natureza mesma da educação, da escola, do pensamento, do ensino, da aprendizagem e da formação. No entanto, mantemos a convicção de que é possível educar e escolarizar sem perder de vista a tradição de pensamento que, a despeito de originariamente distante no tempo, continua a se fazer presente na constituição dos saberes contemporâneos, suscitando questionamentos que transcendem a dimensão do mundo tecnológico e reafirmando, na teoria e na prática, o sentido e a possibilidade de outras formas de educar, escolarizar, estudar, ler, escrever, ensinar, aprender e formar, para além das metodologias. Essas formas passam, certamente, pela esfera do pensamento. O livro visa á compreensão das relações entre a cultura, as artes, a estética, a experiência, as ideias, o saber, a escola e a formação, do letramento à pós-graduação; bem como suas possibilidades e limites, pressupostos e implicações, em especial na formação e autoformação dos seres humanos. No movimento do pensamento, da criação e da ação, a filosofia, as letras e as artes em geral certamente têm seu sentido e razão de ser, não em termos de espaço e de poder, de locus e pot stas, mas de autoridade, autor tas, ou seja, de ato de fazer crescer, de formar seres humanos, que também exerçam um ofício, participem da vida em comum, da vida política.
SOBRE OS ORGANIZADORES:
Ildeu Moreira Coêlho - Graduado em Filosofia (UFMG, 1968) e doutor em Filosofia (USP, 1978) - tese Sartre e a interrogação fenomenológica do imaginário, orientada por Marilena Chauí. Prof. Titular da Faculdade de Educação da UFG, aposentado. Prof. Voluntário no Programa de Pós-Graduação em Educação, lecionando e orientando dissertações e teses; e no curso de Filosofia do Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás, IFITEG. Organizador e 1º presidente do Comitê Nacional Pró-Formação do Educador (1980-1982), atual Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação, Anfope. Pró-reitor de graduação, UFG (1986-1990). Organizou os livros Educação, cultura e formação: o olhar da Filosofia (2009) e Escritos sobre o sentido da escola (2013); autor de Realidade e utopia na construção da universidade (1996[1999]), de capítulos de livro, artigos em periódicos e trabalhos em anais de eventos. Organizou dossiês para a revista Inter-Ação, da FE/UFG (2007; 2012, em coautoria com Ged Guimarães). Pesquisas e publicações: filosofia, fenomenologia, Sartre, educação, cultura, formação, escola, universidade, graduação e formação de professores.
Rita Márcia Magalhães Furtado - Graduada em Pedagogia pela Universidade Católica de Goiás, mestre em Educação pela Universidade Federal de Goiás, doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas, e com pós-doutorado em Sociologia da Arte (Mediação Cultural) na Universidade Paris 3 - Sorbonne Nouvelle. Professora Adjunta na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, atua nas licenciaturas e no Programa de Pós-Graduação em Educação, vinculada à linha de pesquisa Cultura e Processos Educacionais. Membro da ABRE (Associação Brasileira de Estética) e da SOFELP (Sociedade de Filosofia da Educação de Língua Portuguesa). Pesquisadora do grupo de pesquisa NEVIDA/FE/UFG, com ênfase nos seguintes temas: fundamentos da educação, licenciaturas, formação, estética, cultura, arte e imagem.
SOBRE OS AUTORES:
Antônio Joaquim Severino - bacharel e mestre em Filosofia pela Universidade Católica de Louvain, Bélgica; doutor em Filosofia pela PUC de São Paulo. Livre-docente em Filosofia da Educação pela USP. Professor titular, aposentado, de Filosofia da Educação, Faculdade de Educação da USP. Atualmente, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Uninove. Líder do Grupefe: Grupo de Pesquisa em Filosofia da Educação. Áreas de especialização: Filosofia, Filosofia da Educação, Epistemologia e Metodologia Científica. Seus estudos e pesquisas atuais situam-se no âmbito da filosofia e da filosofia da educação, com destaque para suas expressões na cultura brasileira e latino-americana.
Bruno Péquignot - Graduado em Estudos Literários pela Universidade de Paris (Centre Censier), graduação em Sociologia pela Universidade Paris V René Descartes, doutorado em Antropologia Social e Cultural na Universidade Paris V René Descartes. Professor na Universidade Paris 3 - Sorbonne Nouvelle, ministra a disciplina Sociologia das Artes e da Cultura. Atua na área de Mediação Cultural com os seguintes temas: Abordagens sociológicas das artes e dos fenômenos culturais, vínculos sociais, sociologia estética, memória e análise da imagem. Membro do grupo de pesquisa CERLIS (Centre de Recherches sur les Liens Sociaux) e membro do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). É autor dos livros Sociologie des arts (2009), Recherches sociologiques sur l’image (2008) e La question des oeuvres en sociologie des arts et de la culture (2007), dentre outros.
Denise Assis Fleury Curado - Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (1998). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em educação infantil e ensino fundamental na rede pública e privada. Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2011). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Goiás (2015). Psicóloga clínica pelo Instituto de Gestalt - Terapia de Brasília (2015). Atualmente trabalha como psicoterapeuta na área clínica especialmente com adultos e adolescentes.
José Ternes - É licenciado em Filosofia pela Unijuí, e em Letras Vernáculas pela PUCGoiás. Fez o mestrado em Filosofia na PUC-Rj (1976-78), onde iniciou seus estudos sobre Gaston Bachelard, e defendeu uma Dissertação acerca da Epistemologia Histórica bachelardiana. Entre 1989 e 1993, fez o Doutorado em Filosofia na USP, onde defendeu uma Tese sobre a Arqueologia de Michel Foucault, sob a orientação de Marilena Chauí. Entre 1971 e 2015 foi professor titular da Faculdade de Filosofia da UFG, bem como da PUCGoiás. Suas pesquisas oscilam entre Epistemologia, Filosofia da Educação e Filosofia e Literatura, com publicações em revistas especializadas nesses três campos de saber, e outras produções, como capítulos de livros, resenhas, conferências, etc. É autor do livro Michel Foucault e a Idade do Homem, editado pelas editoras da UFG e PUCGoiás. É membro de dois Grupos de Pesquisa da ANPOF, ambos votados à Filosofia Francesa.
Marcos Aurélio Fernandes - Mestrado e doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum (2000 e 2003 respectivamente), de Roma. É Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília. Dedica-se à fenomenologia, a estudos do pensamento medieval, sobretudo o franciscano, bem como à investigações em filosofia da religião e filosofia da educação. Dentre outras publicações, é autor do livro À Clareira do Ser: Da Fenomenologia da Intencionalidade à Abertura da Existência. Teresópolis-RJ: Daimon Editora, 2011, sobre Heidegger; e do capítulo Skholé: o sentido fundante da escola, no livro organizado por Ildeu Moreira Coêlho. Escritos sobre o sentido da escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012.
Marilena Chaui - Graduada em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), onde também fez o curso de pós-graduação e defendeu seu mestrado sobre a filosofia de Maurice Merleau-Ponty. Iniciou, em 1967-69, na França seu doutorado sobre a filosofia de Espinosa e veio a defendê-lo em 1971, também na USP, onde, em 1977, defendeu sua tese de livre-docência sobre Espinosa e, em 1987, fez o concurso e recebeu o título de Professora Titular de Filosofia. Desde 1967, leciona no Departamento de Filosofia da USP e, desde 1972, orienta teses de mestrado e doutorado e coordena o Grupo de Pesquisa de Estudos Espinosanos. É membro fundador da Association des Amis de Spinoza (França), Assoziazone Italiana degli Amici di Spinoza (Itália) e Associação de Estudos Filosóficos do Século XVII (Brasil). Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Université de Paris VIII, pela Universidad Nacional de Córdoba (Argentina) e pela Universidade Federal de Sergipe. Em 1981 recebeu o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) pelo livro Cultura e democracia; em 1994, o prêmio Jabuti pelo livro Convite à Filosofia; os prêmios Sérgio Buarque de Holanda (Biblioteca Nacional), em 1999, e Jabuti, em 2000, pelo livro A nervura do real. Imanência e liberdade em Espinosa.
Sílvia Rosa da Silva Zanolla - Graduada em Psicologia e em Serviço Social pela Universidade Católica de Goiás (PUC/GO), mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com doutorado e pós-doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Professora associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Educação, com experiência em pesquisas com ênfase em psicologia social e educacional a partir da abordagem teórico crítica da Escola de Frankfurt. Desenvolve estudos e pesquisas sobre indústria cultural; infância, educação ambiental, consumo e violência; concepção de infância em Adorno; jogos eletrônicos e formação de valores; metodologia e epistemologia.
Simone Alexandre Martins Corbiniano - Mestre e doutora em Educação pela Universidade Federal de Goiás, professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Realiza estudos e pesquisa com ênfase na racionalidade do saber escolar: conhecimento científico e fundamentos contemporâneos do ensino. Publicou o capítulo “Kant e a formação humana” em Educação, cultura e formação: o olhar da filosofia, organizado por Ildeu Moreira Coêlho, e artigos nas revistas Educação e Realidade - UFRGS, dossiê Educação, psicanálise e alteridade; e Educar em Revista - UFPR.
Sônia Campaner Miguel Ferrari - Graduada em Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo e doutora em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professora assistente doutora do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Estética e Filosofia Política, atuando principalmente na reflexão acerca de temas contemporâneos ligados à estética e filosofia política e suas intersecções como modernidade, soberania, indústria cultural e educação. É autora entre outros de Fantasia e utopia em Walter Benjamin, Filme de vanguarda: em busca de uma linguagem imagética, A Filosofia no ensino médio: reflexões a partir da observação e da prática e Cinema e Arquitetura: A dominante tátil na recepção da arte.
Thelma Maria de Moura Bergamo - Mestre e doutora em Educação pela Universidade Federal de Goiás. Professora do curso de Pedagogia do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Goiano, responsável pelas disciplinas: Filosofia e educação, História da Educação e epistemologia e educação. Dedica-se ao estudo da filosofia francesa contemporânea, procurando estabelecer suas conexões com o campo da educação, a partir principalmente do pensamento de Michel Foucault. Áreas de interesse acadêmico: filosofia da ciência, ética e filosofia política.
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