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Os narrares derivam da ação de narrar. O termo que molda a categoria é etimologicamente movido pelo verbo na forma substantivada, sendo o narrar uma condição eminentemente humana, que envolve e exige a agência de um narrador, a agência de um interlocutor e o imperativo comunicacional acomodado ao agenciamento. Portanto, os narrares se fazem circunscritos pelas experiências singulares, que estabelecem interlocuções com uma contraparte, e essa relação combina condições imateriais com a materialidade das condições.
Os narrares da resistência constituem-se, sobretudo, afinados com o dever de memória e (também por isso) inclinados a descortinar a presença da exceção em interação com a vida precária e a vida na catástrofe. Ao seguir essa trilha reserva-se aos narrares da exceção um lugar para potenciais inscrições da vida-fora-do-lugar dos seres de exceção e dos seres-na-exceção. Nesse domínio, a mobilização da infância e da juventude é adotada como um megasignificante, aquele que para além das radiações temáticas, imiscui-se nas camadas estruturantes dos objetos.
SOBRE A AUTORA:
Tânia Sarmento-Pantoja - possui mestrado e doutorado em estudos literários. É professora de literatura de língua portuguesa na Universidade Federal do Pará, instituição em que também se graduou em Letras. Desde 2016 é bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Como pesquisadora vem se dedicando ao estudo das múltiplas formas e performances da narrativa de resistência, ou melhor, os narrares da resistência, que servem de base para este livro. Sempre em uma perspectiva comparada e sempre procurando observar o objeto artístico, sobretudo, como um objeto de cultura. Essas investigações resultaram em vários textos publicados, na forma de artigos e capítulos de livros, assim como a organização de livros com coletâneas de textos, como Tradução Cultural e Memória; Arte como Provocação à Memória; Estudos de Literatura e Resistência, Literatura e Cinema de Resistência e Memórias do Presente.
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Tânia Sarmento-Pantoja - Possui mestrado e doutorado em estudos literários. É professora de literatura de língua portuguesa na Universidade Federal do Pará, instituição em que também se graduou em Letras. Desde 2016 é bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Como pesquisadora vem se dedicando ao estudo das múltiplas formas e performances da narrativa de resistência, ou melhor, os narrares da resistência, que servem de base para este livro. Sempre em uma perspectiva comparada e sempre procurando observar o objeto artístico, sobretudo, como um objeto de cultura. Essas investigações resultaram em vários textos publicados, na forma de artigos e capítulos de livros, assim como a organização de livros com coletâneas de textos, como Tradução Cultural e Memória; Arte como Provocação à Memória; Estudos de Literatura e Resistência, Literatura e Cinema de Resistência e Memórias do Presente. |