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Estamos certos de que todos os educadores desejam formar alunos que, em ocasiões de conflitos interpessoais, tenham estrutura para resolvê-los de forma justa e respeitosa. No entanto, será que as ações destes colaboram para este tipo de formação? Em nossa prática percebemos que muitos professores pensam estar caminhando nesta direção e ingenuamente caminham para a formação de pessoas que possuem poucos recursos para resolver os desentendimentos que ocorrem em seus relacionamentos, e desta forma, não encontram outra maneira de enfrentar um conflito, a não ser, aceitar ser coagido ou coagir para solucionar o problema. É mais decepcionante ainda quando observamos tal fato entre os adolescentes, visto que estes estão em um momento fundamental de formação de personalidade e de busca de um sentido para suas vidas. Diante deste panorama a escola não tem condições de continuar a se omitir.
Esse livro tem o objetivo de refletir sobre o papel dos conflitos interpessoais no âmbito escolar em uma visão construtivista e as atuações dos educadores que favoreçam a formação de alunos autônomos, propondo como foco a fase da adolescência, com suas especificidades e particularidades. Para tal sugerimos que os educadores utilizem-se de estratégias imediatas com os jovens na ocasião de conflitos e outras planejadas com todo o grupo de alunos. Um trabalho sistemático e que nem sempre envolve resultados “mágicos”. No entanto, um dos caminhos que certamente pode favorecer a formação de jovens que tem condições de escolher um percurso para suas vidas, diferente da violência, agressividade ou não menos triste, da obediência e da submissão.
SOBRE A AUTORA
Vanessa Fagionatto Vicentin é psicóloga, mestre em psicologia pela Puccamp e doutoranda em psicologia escolar pelo Instituto de Psicologia da USP com estudos na área de resolução de conflitos interpessoais. Membro do GEPEM, Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Unesp e co-autora dos livros O stress no Brasil: pesquisas avançadas (Papirus 2004), Construindo saberes em educação (Editora Zouk 2005). Docente de cursos de extensão universitária e pós-graduação do Estado de São Paulo.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO: A ESSÊNCIA DOS CONFLITOS INTERPESSOAIS NA ADOLESCÊNCIA
O QUE QUEREMOS DIZER COM CONFLITOS INTERPESSOAIS?
O exemplo do horário de entrada entre as aulas
O exemplo do choro em função do resultado da prova
Recursos cognitivos e afetivos do conflito
O exemplo de Paula “um vulcão de emoções em erupção”
Os estilos de resolução de conflitos
Exemplo Bruno: “como vou sair dessa...”
QUAL O PAPEL DA ESCOLA NA APRENDIZAGEM DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS?
O exemplo do mapa de classe
Exemplo da bomba no vaso sanitário: autoridade ou autoritarismo
E QUANDO CHEGA A ADOLESCÊNCIA...?
A recusa em se expor fisicamente
Um exemplo de namoro no âmbito escolar
O adolescente em um ambiente escolar autocrático
O exemplo do jogo de cartas em sala de aula
O exemplo do uso do computador como sanção
O adolescente em um ambiente democrático
O exemplo da atividade inacabada no tempo combinado
O exemplo do diálogo sobre a necessidade do uniforme
PENSANDO EM AÇÕES COTIDIANAS DO EDUCADOR SOBRE CONFLITOS NA ADOLESCÊNCIA
O exemplo da agressão entre alunos e a postura do educador
O exemplo do apelido e a postura do educador
PROPOSTAS DE AÇÕES PROGRAMADAS PARA O TRABALHO COM CONFLITOS NA ADOLESCÊNCIA
Assembléias Escolares
Aprendizagem de Resolução de Conflitos Interpessoais
Outras sugestões para o trabalho com conflitos
A escolha é sua
Parece comigo quando
Trabalhos com música
Os sentimentos
Outras propostas para o trabalho com valores morais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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