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O título que endereça a presente coletânea, traz para o debate uma discussão contemporânea. Nesse sentido, põe em destaque a relevância da Universidade, uma instituição quase milenar, que sob o efeito atordoante de diferentes impactos sociais (econômicos, políticos e culturais), procura resguardar, em difíceis condições, o compromisso com a produção e a socialização do conhecimento. Diante do que foi apresentado, a partir da contribuição dos autores, ressalta-se a importância de continuar o polêmico debate em torno da Universidade. Almejamos que a leitura dessas páginas possa inseminar novas ideias, trazer novas perguntas, enfim, abrir outros horizontes de compreensão dessa problemática (des)construção da Universidade.
Trata-se, ainda, de um panorama complexo e controverso que se movimenta numa ambiência generalizada de “crise”. Contudo, a recente incorporação do conhecimento como moeda de troca no mercado capitalista, sob a guia de um pragmatismo de resultados técnicos e eficiente, submete à educação e, nesse caso, o ensino superior, particularmente, a instituição universitária, a um conjunto de regulações que deformam sua responsabilidade social. Tais medidas evidenciam uma espécie de reforma administrada que, ardilosamente, sob a égide da modernização econômica neoliberal, opera na subsunção do pensar autônomo e crítico à lógica da racionalização técnico-instrumental.
Estamos, sem dúvida, diante de um cenário de transformações que, a rigor, busca driblar os propósitos primeiros de uma universidade voltada ao ensino, pesquisa e extensão. Enfatiza-se, cada vez mais, a disputa por um padrão civilizatório que aposta na eficiência pragmática da formação em nível superior. Não sem motivos, cria-se “um perfil de profissional competente tecnicamente e inofensivo politicamente”, situação que, por si só, já denuncia o caráter subserviente que orienta a operacionalização do âmbito universitário.
Em geral, esses e outros dilemas permeiam a crise institucional da universidade na era do “pós”. Sob essa pressão irrompem tensões, desafios e, importa sublinhar, alternativas, aspectos que sob perspectivas diferenciadas são discutidos nos artigos que compõem esta coletânea.
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Maria de Lourdes P. de Almeida - Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas (1984), habilitação em Orientação Educacional. Graduada em História pela Faculdade de Ciências e Letras Plínio Augusto do Amaral (1988). Mestrado em Filosofia, História e Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1995). Doutorado em Filosofia, História e Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Desde 2003 é Pesquisadora e Secretária Executiva do GEPES - Grupo Nacional de Estudos e Pesquisas em Ensino Superior, da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Atualmente é Docente Pesquisadora e Coordenadora do PPGE da Uniplac, SC. Foi Docente Pesquisadora (na condição de Profª. Colaboradora) da USP, ESALQ, (2004-2005) campus de Piracicaba, no Departamento de Ciências Sociais Aplicadas. Também lecionou na PUC, Campinas na graduação e orientou vários TCCs do curso de Pedagogia, e Projetos de Pesquisa em Estágio para os cursos de Artes, Geografia, Pedagogia. É membro da Sociedade Brasileira de História da Educação. Pesquisadora do GT 11, Políticas Educacionais do Ensino Superior da ANPEd. É Pós doutora pelo IG, Unicamp, Departamento de Política, Ciência e Tecnologia, É Profª. Colaboradora do DPCT do I.G. da Unicamp, pesquisadora do CNPq (2009-2010) e pesquisadora da Capes/INEP Projeto de Investigação edital Observatório de Educação (2011-2013).Vitor Hugo Mendes - |