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A formação escolar implica o ensino que interroga o saber existente, as ideias e as coisas; se faz reflexão, permanente convite a girar o olhar do espírito, a se iniciar com rigor e radicalidade no pensamento, na autonomia, liberdade, igualdade e fraternidade; convite esse em que todos possam se sentir em casa, reencontrar suas raízes humanas, a razão de sua existência no mundo e da formação a ser buscada e efetivada. Realiza-se no aprendizado e cultivo da leitura, da escrita e do estudo, no estabelecimento de uma relação de gosto, amizade e prazer com os textos, os modos de significar, apreender e expressar o sentido do universo e das coisas humanas, sua beleza, bondade e verdade. Uma escola preocupada com a vida coletiva e a formação de homens que entendam e pensem o real, o presente, sem nele se fechar, supõe um professor diferente; interessado em aprender a pensar as ideias, a prática, as imagens, a tecnologia e a mídia, em criar novas realidades, a começar pela aula como um pensar em voz alta diante dos estudantes, um permanente convite a todos para que pensem sempre o que veem, ouvem, leem, escrevem e o que trazem da família e da cidade. Esse professor é diferente, porque gosta e se empenha em formar outros seres humanos que aprendam e passem a gostar de ler, escrever e estudar; porque deseja e se compraz em estudar, em cultivar os frutos do estudo, do exercício de sua ocupação e, finalmente, porque para ele o magistério, mais que profissão, é ofício, ocupação, atividade que se faz e se recria a cada momento como trabalho intelectual comprometido com a humanidade, a igualdade, a autonomia, a liberdade e a justiça. Mas esse professor não surgirá nem se firmará em sua ocupação, sem que a sociedade, o Estado e as escolas, de todos os níveis, formem, valorizem e respeitem homens que têm condições, propiciadas por sua formação, e procuram se tornar bons professores. Ao exercer seu ofício, ele exerce uma atividade inerente à vida pública, à vida em comum; cumpre uma obrigação moral, presta homenagens e honras, demonstra respeito à sociedade, à humanidade, ao bem comum; reconhece e confirma o direito de todos, não só de frequentarem a escola, mas de serem iniciados e se iniciarem no mundo da cultura e do humano, participando da vida coletiva e confirmando sua humanidade.
SOBRE OS AUTORES:
Anita Cristina Azevedo Resende - Graduada em Psicologia, com mestrado em Psicologia Social, doutorado em Ciências Sociais e Pós Doutorado na Feusp, é professora titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, onde atua no Curso de Graduação em Pedagogia e no Programa de Pós-Graduação em Educação. Tem realizado pesquisas sobre temáticas de psicologia social, da educação e, especialmente, dos processos implicados na relação entre educação, subjetividade e cultura.
Evandson Paiva Ferreira - Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, tem Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Goiás. Durante o doutorado, modalidade sanduíche, realizou estágio na Université Saint Louis, de Bruxelas. É professor adjunto no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação na Universidade Federal de Goiás. Tem publicado principalmente sobre a Filosofia, Educação e Política.
Ged Guimarães - Mestre em educação pela FE/UFG e doutor em educação pela FAE/UFMG. É professor de Filosofia da Educação no curso de Pedagogia e de Ética no curso de Psicologia da FE/UFG e professor do programa de Pós-Graduação em Educação também da FE/UFG. É autor de capítulos de livros, entre eles, “O espetáculo (des)educador: as lições de Rousseau a Emílio”, publicado pela editora Papirus e “As dificuldades da educação na sociedade do espetáculo”, publicado pela editora Alínea. É autor de artigos publicados em periódicos.
Ildeu Moreira Coêlho - Bacharel e licenciado em Filosofia pela UFMG (1968) e doutor em Filosofia pela USP, é Professor Titular da Faculdade de Educação da UFG. Professor no curso de Pedagogia e no Programa de Pós-Graduação em Educação, orientando dissertações e teses na linha de pesquisa Fundamentos dos Processos Educativos. Foi o organizador e presidente do Comitê Nacional Pró-Formação do Educador (1980-1982), atual Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação, Anfope; coordenador do curso de Pedagogia (1980-1984) e pró-reitor de graduação da UFG (1986-1990). Autor de livro, capítulos de livro, artigos em periódicos e trabalhos completos em anais de eventos. Organizou dois livros e dois dossiês para a revista Inter-Ação, da FE/UFG, sendo o último em coautoria com Ged Guimarães. Tem pesquisas e publicações na área de filosofia e educação; fenomenologia e educação; educação, cultura e formação; escola e formação de professores; universidade e ensino de graduação.
José Adelson da Cruz - Doutor em Educação pela Unicamp, Professor Adjunto da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás - UFG. Membro e subcoordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFG. Orienta e pesquisa na Linha Educação, Trabalho e Movimentos Sociais, com ênfase em Trabalho e Movimentos Sociais. Atua principalmente nas seguintes temáticas: Educação e Movimento Social; Espaço Público e Democracia; e Terceiro Setor.
Márcio Antônio Cardoso Lima - graduado em Filosofia pela PUC Minas e em Pedagogia pela Univale - Governador Valadares (MG), com mestrado e doutorado na Faculdade de Educação da UFMG, sob a orientação da Dra. Pura Lúcia Oliver Martins, com dissertação e tese sobre a prática de ensino em Filosofia. Na Universidade Federal do Tocantins - Câmpus Universitário de Miracema, onde ingressou em 2005, trabalha com o Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia. Em 2008 concluiu pesquisa sobre o ensino de Filosofia no Estado do Tocantins, publicada na revista Diálogo Educacional - PUC Paraná e atualmente investiga o mesmo tema com os professores da Diretoria Regional de Miracema.
Marcos Aurélio Fernandes - Doutor em filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum (Roma). Professor de filosofia medieval na Universidade de Brasília (UnB). Autor de livros relacionados ao pensamento medieval: Pensadores franciscanos: paisagens e sendas. Bragança Paulista: Instituto Franciscano de Antropologia; Ed. Universitária São Francisco, 2007; Raízes do pensamento medieval: o legado do helenismo e da Antiguidade Tardia à Idade Média”, Teresópolis: Daimon Ed., 2011; À clareira do ser: da fenomenologia da intencionalidade à abertura da existência, sobre os temas da intencionalidade, percepção e existência na fenomenologia de Heidegger Teresópolis: Daimon Ed., 2011. Autor do “Do cuidado da fenomenologia à fenomenologia do cuidado”, no livro organizado por Adão José Peixoto e Adriano Furtado Holanda. Fenomenologia do cuidado e do cuidar: perspectivas multidisciplinares. Curitiba: Juruá, 2011.
Rita Márcia Magalhães Furtado - Professora na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, trabalha no Programa de Pós-Graduação em Educação e na graduação, atuando nas licenciaturas com a disciplina Fundamentos Filosóficos e Sócio-Históricos da Educação, com ênfase nos seguintes temas: teorias da educação, filosofia e educação, licenciaturas, formação, estética, cultura e educação. Possui doutorado em Educação pela Unicamp (2007), mestrado em Educação Escolar Brasileira pela Universidade Federal de Goiás (2000) e graduação em Pedagogia, pela Universidade Católica de Goiás (1987).
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