O modelo da escola atual nos remete ao projeto civilizatório que teve a racionalidade como possibilidade de avanço. Mas não devemos nos esquecer de que este ideal de progresso justificou o colonialismo, a pureza justificou os regimes políticos totalitários, o projeto de homogeneização dos currículos justifica a intolerância com o diferente e com o multiculturalismo, a supervalorização do "rigor lógico" justifica o mascaramento das práticas conflituosas.
Os artigos do livro que aqui apresento trazem a crítica ou negação intencional dessa neutralidade: na escolha do objeto, na direção da investigação, nos conceitos usados nas questões de pesquisa. O ideal da ciência neutra, imune aos interesses e paixões é nestes artigos substituídos por paixões e interesses reais dos pesquisadores e as discussões políticas trazem outras possibilidades de compreensão dos problemas educacionais da atualidade. (...) Os autores se colocam em posição ativa na qual o conhecimento não interessa como um fim em si próprio, mas enquanto força para obtenção de novo modo de vida, não submissa a modelos e longe de pretensões de generalidade e receitas definitivas.
PARTICIPAM DA COLETÂNEA:
Adair Mendes Nacarato
Alexandrina Monteiro
Ceres Luehring Medeiros
Eros Pacheco Neto
Fabiana Rodrigues de Oliveira Leal
Giselli Padilha Hümmelgen
Glauco Inocêncio Foltran
Jackeline Rodrigues Mendes
Jorge dos Santos Souza
Márcia Aparecida Amador Mascia
Moysés Kuhlmann Junior
Regina Célia Grando
Régis Ferreira Negrão
Roberto Tadeu Berro
Sonia Regina Mincov de Almeida
Suzete Maria Salvaro Beal
Vivian Ribeiro Drabik
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