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Educação e Psicologia em Debate
A Construção da Solidariedade e a Educação do sentimento na Escola
Luciene Regina Paulino Tognetta.
ISBN: 85-7591-008-6
Formato: 16 x 23 cm | Acabamento: Brochura
Páginas: 16 x 23 cm | Ano: 2009 | Edição: 1
Idioma: Português
Preço: R$ 0,00

Luciene Regina Paulino Tognetta

 

Sinopse:

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É sempre bom falar de solidariedade. Esta e tantas outras virtudes foram e continuam sendo desejadas por toda a humanidade. Tratar delas constitui uma necessidade que deve ser assumida por todas as instituições que educam.
No entanto, esta não é uma tarefa fácil. Para um trabalho efetivo com a formação das virtudes é imprescindível levar em conta uma dimensão bastante esquecida: a necessidade da manifestação dos sentimentos e emoções, e, portanto, a afetividade contida nas relações entre as pessoas, umas com as outras e consigo mesmas.
Torna-se imperativa, portanto, a reflexão sobre a importância da construção das virtudes, em especial, a solidariedade, no cotidiano escolar e a discussão de propostas pedagógicas que levem em conta a formação de um ambiente sociomoral cooperativo onde as crianças possam se autoconhecer e terem construído um poder de autocontrole e de auto-estima que as tornem mais solidárias, e ainda mais, que possam ser felizes.


SOBRE A AUTORA:

Luciene Regina Paulino Tognetta, pedagoga, psicopedagoga e mestre em Educação pelo Laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da Unicamp. Professora de cursos de extensão universitária e graduação no estado de São Paulo.
Realiza pesquisas na área da moralidade infantil, investigando sobre o papel da afetividade na construção das virtudes morais.
Atua na formação de professores ministrando cursos, seminários, palestras que tratam da importância de trabalhos com as virtudes na educação infantil e primeiras séries do ensino fundamental. Para tanto, nesses cursos, propõe reflexões sobre o papel da afetividade na construção das virtudes, visando a mudança de postura do professor, bem como a formação de ambientes favoráveis à construção da autonomia moral.
É autora de vários artigos que tratam sobre o desenvolvimento moral e sobre a manifestação de sentimentos pelas crianças.


APRESENTAÇÃO (Orly Zucatto M. de Assis)

Quando se analisa os acontecimentos diariamente noticiados pela imprensa falada e escrita constata-se que nossa sociedade está vivendo um problema moral muito profundo. Os sinais desanimadores dessa situação são observados por toda parte: a desestruturação da família, a deterioração da civilidade, a ganância crescente e a distribuição tão desigual da riqueza fazendo com que o número de pessoas que não possuem o necessário para viver se torne cada vez maior; uma cultura sexual onipresente nos conteúdos televisivos e gráficos incentivando os jovens para atividade sexual precoce, os abusos sexuais a crianças vítimas da pedofilia, a violência, as drogas, a fome, as guerras, a corrupção. Tudo isso torna o panorama desse início de século muito sombrio.
Como não poderia deixar de ser, a escola vem sofrendo os reflexos deste contexto geral. Segundo a opinião de professores as drogas, o abuso do álcool, a gravidez na adolescência, suicídio, estupro, roubo, assalto, violência, vandalismo são episódios freqüentes nas escolas, em substituição aos problemas de antigamente tais como: falar sem respeitar a vez, mastigar chicletes, fazer algazarras, correr para lá e para cá, utilizar roupas inadequadas, não utilizar o cesto de lixo, os quais representavam as mais sérias dificuldades encontradas pelos seus colegas no passado.
Embora os professores tentem procurar maneiras novas de favorecer a formação de pessoas autônomas e íntegras, nem sempre os procedimentos utilizados permitem o alcance de tal objetivo. Isso porque não compreendem que essa formação depende de uma construção que somente se efetiva se for propiciada ao aluno a oportunidade de participar de um ambiente escolar, cuja organização e dinâmica lhe possibilite fazer escolhas, expressar sentimentos e emoções, ter responsabilidade, interagir com seus pares, dentre outros. Isso só é possível quando as relações entre alunos e professores são baseadas no respeito mútuo, na reciprocidade e na cooperação. Num ambiente escolar como esse não cabem relações interpessoais, coercitivas, recompensas, castigos e autoritarismo.
O livro que tenho a alegria de apresentar trata de princípios morais e virtudes que podem ser construídos pelos alunos quando seus professores se empenham em criar na escola um ambiente dessa natureza. A peculiaridade do enfoque da autora consiste em ter reunido numa mesma obra um sólido referencial teórico para justificar a necessidade e importância da construção da moralidade ser, nos dias atuais, um dos objetivos da educação escolar; o relato de sua pesquisa empírica sobre a influência do ambiente escolar na construção da solidariedade pelos alunos; e ainda, sugestões de como promover a educação dos sentimentos e da afetividade na escola. Este livro traz uma grande contribuição aos professores que tentam encontrar maneiras novas de favorecer a formação de pessoas mais solidárias, justas, tolerantes e autônomas.
É importante ressaltar que se trata de um livro redigido com clareza, e precisão, cuja característica marcante é a de utilizar uma forma poética para se referir a questões teóricas profundas e muitas vezes de difícil compreensão que constituem os subsídios para uma prática educativa inovadora.
A pesquisa empírica, por sua vez, fornece resultados a respeito do desenvolvimento cognitivo dos sujeitos e suas relações com o desenvolvimento sociomoral e afetivo. Além disso, confirma a hipótese acerca da influência do ambiente na construção da solidariedade, uma virtude absolutamente necessária para a transformação de nossa sociedade tão conturbada por problemas morais, representando, portanto, uma importante contribuição acadêmica no âmbito do desenvolvimento moral e da educação dos sentimentos.
As propostas de trabalho com a moralidade e afetividade na escola, além de serem fortemente consistentes com a fundamentação teórica, brindam o leitor com preciosas sugestões muitíssimo válidas, que podem ser empregadas por todos aqueles que se interessam em promover uma nova educação moral.
Dentre os livros que enfocam o tema em nosso país, este que o leitor tem nas mãos, surge como um dos que podem contribuir para alimentar a clássica reflexão da psicologia genética e da educação, constituindo um trabalho de excelente nível, acessível a professores, acadêmicos e aqueles que se interessam por uma “Pedagogia das Virtudes”.
Finalmente, tomo por minhas as palavras do parecerista ad hoc que analisou a obra com vistas a emitir julgamento a respeito desta publicação: Em primeiro lugar, trata-se de um texto escrito e ilustrado com grande empenho para não dizer “carinho”. Em uma palavra, é um texto generoso para com o leitor. Em segundo lugar, tal “generosidade” não impede a autora de ser precisa e, sublinhe-se, abrangente e didática na revisão da literatura dedicada à gênese da moralidade e suas implicações educacionais (notadamente na perspectiva de Piaget).

SUMÁRIO
MINHA GRATIDÃO

APRESENTAÇÃO
Orly Zucatto Mantovani de Assis

INTRODUÇÃO

Capítulo I
DA URGÊNCIA DAS VIRTUDES
Primeiro ato – O sagrado
Segundo Ato – O esperado
O sagrado e o esperado – o papel das virtudes

Capítulo II
DAS TEORIAS QUE EXPLICAM A MORAL E JUSTIFICAM SUA CONSTRUÇÃO
Uma palavra inicial
As contribuições das teorias psicológicas e filosóficas acerca da construção de valores morais
A teoria de Piaget
As contribuições da teoria de Kohlberg e as novas tendências em estudos da moral
Por uma teoria das virtudes
A propósito da construção das virtudes na teoria piagetiana
A eleição de uma virtude – a solidariedade
A virtude como objeto de interseção entre os domínios morais, cognitivos e afetivos
Duas implicações sobre a teoria das virtudes

Capítulo III
POR UMA PEDAGOGIA DAS VIRTUDES
Primeiro princípio: a necessidade da construção de estruturas da razão
Segundo princípio: uma virtude só é construída a partir da própria atividade do sujeito Terceiro princípio: o exercício das escolhas para a formação de sistemas de valores Quarto princípio: as trocas entre iguais
Quinto princípio: a cooperação enquanto alternativa à disciplina e aos limites

Capítulo IV
SEXTO PRINCÍPIO: AFETIVIDADE NA ESCOLA – A EDUCAÇÃO DO SENTIMENTO
A manifestação de sentimentos na escola

Capítulo V
A EDUCAÇÃO DO SENTIMENTO: PROPOSTAS DE TRABALHO COM AFETIVIDADE NA ESCOLA
O Jogo dos siris
O Jogo das cadeiras
O Jogo das estrelas
O Jogo das expressões
Como estou me sentindo?
O canto do desabafo
Gavetas dos sentimentos
O canto da ajuda
O que vejo e o que sinto?
A família
As caixas de areia
O Planeta Eu I
O Planeta Eu II
Propostas de auto-avaliação
Avaliando o meu dia I
Avaliando o meu dia II
Projeto: o boneco
Trabalho com a literatura
Uma palavra final

Capítulo VI
DA PESQUISA EMPÍRICA: A CONSTRUÇÃO DA SOLIDARIEDADE EM AMBIENTES ESCOLARES
Procedimentos gerais
Apresentação e discussão dos resultados
A solidariedade e o pensamento infantil – o pensamento operatório, a resolução dos dilemas e a afetividade expressos nas representações gráficas

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
A exigência da solidariedade
A solidariedade, aqui, como generosidade, dessa exigência

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(capa: Vande Rotta Gomide


Sobre os Autores:
Luciene Regina Paulino Tognetta - É formada em Pedagogia pelo Centro Universitário Salesiano. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Atualmente está realizando Pós-Doutorado na Universidade do Minho (Portugal) e é pesquisadora e vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem - Unicamp/Unesp), no qual coordena a linha de pesquisa “Afetividade e Virtudes”.

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