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Ao colocarmos em reflexão práticas na linguagem dentro do espaço escolar, abordamos a língua a partir do campo de conhecimento da Análise de Discurso. Isso significa considerar a língua em seu funcionamento no meio das práticas sociais. Nesse sentido, o ensino da língua portuguesa se constitui como uma dessas práticas, de modo que a concepção de língua não se restringe ao ensino de português, mas remete ao funcionamento da linguagem em um sentido mais amplo.
Dessa perspectiva, a questão da metodologia deixa de ter um caráter de fundamento central na prática do ensino, sendo considerada como um dos elementos que fazem parte da relação do sujeito (professor e aluno) com a língua. Por isso, esse livro tem como eixo central trabalhar a relação entre o sujeito e a linguagem, levando a uma compreensão discursiva da língua não reduzida a um instrumento de comunicação, desfazendo alguns dos imaginários que sustentam a demanda pelo sentido único e verdadeiro (correto) e que, conseqüentemente, sustentam a evidência de que, dominado o código, todos têm condições inequívocas de ler corretamente. Dentro desse imaginário, a leitura, a atribuição de sentidos, é marcada constantemente por uma dupla angústia: a de alcançar o sentido verdadeiro daquilo que está lá (no texto, na imagem, no som, no gesto etc.) e a de fazer com que o outro também alcance esse mesmo sentido/interpretação.
O esforço do conjunto dos textos aqui reunidos é o de mostrar, por diferentes ancoragens analíticas, que a língua não é transparente e que a ambigüidade é produtiva nos processos de significação. No presente livro, o processo de leitura é colocado como um objeto de análise que deve ser observado por todas as áreas disciplinares. Desse modo, interessa abordar, em um texto, não o que se diz, mas como se diz o que se diz, passando assim da ênfase nos conteúdos dos textos para o lugar de leitura do aluno e do professor.
Trabalhamos, sobretudo, com os sentidos produzidos a partir do lugar de atuação do professor, procurando dar visibilidade a processos de significação que constituem historicamente esse lugar e que reaparecem no cotidiano da sala de aula. Isso significa descentralizar a discussão já tradicional do “lugar do aluno” para abrir espaços de elaboração sobre o lugar do professor: suas preocupações, dúvidas, questionamentos, as condições de trabalho e seus anseios, no que isso toca em seu trabalho com a língua.
OS AUTORES
Carmen Zink Bolognini (org.) – professora doutora DLA/IEL/Unicamp.
Carolina Fedatto – doutoranda em Linguística/Unicamp
Cássia Cristina Furlan – doutoranda em Linguística Aplicada/Unicamp.
Claudia Pfeiffer (org.) – pesquisadora (Labeurb) e professora doutora DL/IEL/Unicamp.
Cristiane Megid – doutoranda em Linguística Aplicada/Unicamp.
Marisa Ganança – doutora em Linguística/Unicamp
Simone Hashiguti – professora doutora na Universidade Federal de Uberlândia.
Suzy Lagazzi (org.) – professora doutora DL/IEL/Unicamp.
ISBN: 978-85-7591-117-4
Páginas: 56
Formato: 21 x 28 cm
Acabamento: Brochura
Edição: 1ª
Idioma: Português
Ano: 2009