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Calma!! Você não está sozinha!! Sei que por vezes você se sentiu culpada, perdida, desesperada e cansada. E, assim como nesta história, escrita por Francisco Neto, você pode não ter contido as lágrimas. Realmente parece uma missão impossível e perguntas como por que só o meu filho não come?, ou o que estou fazendo de errado?, ou por que nada que faço funciona? são quase inevitáveis. Confesso que como nutricionista e mãe de dois essas questões já estiveram presentes aqui em casa também e, por isso, posso te dizer, acalme-se, é mais comum do que parece (risos) e a gente pode sim encontrar caminhos para melhorar e resolver, sem pressa, sem culpa e respeitando o tempo da criança e o nosso também.
Mas antes de tudo: respira. Você não está errando. A seletividade não é culpa sua. Você está sendo uma boa mãe, uma mãe atenta, e isso já mostra o quanto você se importa. Foi o que eu fiz, parei, respirei e observei. O que estava levando minha filha mais velha a recusar alimentos que antes ela aceitava? Ela, ao contrário do menino Ravi, já colecionava vários sabores, aceitava tudo que sua mãe nutri colocava no prato – um prato colorido, cheio de nutrientes, que dava gosto de vê-la comendo. De repente, passou a selecionar algumas frutas, verduras, não era nada muito restrito que a levasse a perder peso ou uma recusa extrema, mas ainda assim, como Ana e Pedro, ficamos preocupados.
Na minha cabeça de nutricionista ecoava não é só uma fase, como dizem, preciso agir e, com apoio, paciência e estratégias simples, tudo mudou. A palavra mágica da vovó Sebastiana teve sua vez e fez a magia acontecer por aqui também. Além de incentivá-la a experimentar novamente o que já comia, agi sem cobranças, sem estresse, durante as refeições, para que aquele momento fosse algo agradável e prazeroso, no qual a criança desejaria estar. Passei a oferecer os alimentos de uma forma divertida e alegre – era caranguejo de mexerica, leão de mamão, flor de abacaxi, peixe de laranja. Enfim, deixei a criatividade fluir e criei um ambiente de conexão comigo e com a comida, sem televisão e tampouco celular; a única diversão do momento era quem comia mais flores ou qual era o tamanho das patas do caranguejo. Você não precisa fazer da maneira que eu fiz, mas foi assim que encontrei uma forma de nos conectar. Fique tranquila, que você encontrará a sua e não se envergonhe de pedir ajuda aos profissionais, caso precise.
Estratégias simples, como envolver a criança no preparo, deixá-la cortar, lavar, montar um prato fazem com que ela se sinta parte do processo. Explorar texturas, fazer brincadeiras sensoriais – escuta aqui o croc, croc dessa cenoura, vamos passar um batom de beterraba, dar nomes criativos aos alimentos como sopa do hulk, flor de brócolis, e oferecer em formatos diferentes, comer junto e dar o exemplo, mantendo uma rotina alimentar clara, sem fazer substituições nas refeições, como trocar comida por mamadeira, por exemplo, são ações que estimulam o interesse das crianças pelos alimentos e, consequentemente, as ajuda a colecionar sabores.
Dando um passo de cada vez, mas sempre seguindo em frente no objetivo principal de alimentar e nutrir, é necessário, acima de tudo, paciência e constância. E, para resumir o que não é simples, ressalto cinco verbos importantes e que te auxiliarão nessa jornada de mães/cuidadores que se preocupam com a alimentação e saúde dos filhos: oferecer – sem obrigar, explorar – sensorialmente, participar – no preparo, brincar – sem cobrança e repetir – com paciência.
SOBRE O AUTOR
Francisco Neto Pereira Pinto é Psicanalista, Professor e Escritor. Membro da Academia de Letras e Norte do Tocantins – Acalanto, onde ocupa a cadeira 12. Doutor em Ensino de Língua e Literatura. É professor dos Cursos de Medicina e Direito do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos – Unitpac e no Programa de Pós-graduação em Linguística e Literatura – PPGLLIT, da UFNT. É autor dos livros Sobre a vida e outras, editora In House, 2018, À beira do Araguaia, Mercado de Letras, 2021, O Gato Dom, Mercado de Letras, 2022, Saudades do meu gato Dom, Mercado de Letras, 2023, Você vai ganhar um irmãozinho, Mercado de Letras, 2023, e Olha aquele menino, mamãe!, Mercado de Letras, 2025 . Hoje, seu maior desejo é equilibrar melhor como gasta seu tempo, entre trabalho e companhia da família.
SOBRE A ILUSTRADORA
Fabiana Alves Corrêa Pereira é filha de Maria e Antônio, esposa, irmã, contadora por formação e ilustradora por teimosia. Nascida em uma pequena cidade do interior do Tocantins, ilustrar sempre foi minha forma de romper paradigmas. Hoje, a ilustração e o muralismo é, pra mim, o modo mais potente de contar histórias e criar novos caminhos.
ISBN 978-85-7591-928-6
Páginas: 20
Formato 22 x 22
Acabamento: Grampo
Edição: 1ª
Idioma: Português
Ano: 2025