Esse livro reúne tradutores, teóricos, pesquisadores, professores comprometidos com o pensamento de Jacques Derrida no Brasil, para refletir sobre a tradução de sua obra e a relação da desconstrução com a instituição universitária brasileira: suas políticas e desconstruções.
Trata-se também de pensar o lugar da tradução na instituição, tendo em vista a sua relação com as desconstruções, a partir da hipótese da necessidade e da impossibilidade de estabelecer uma fronteira entre tradução e desconstrução e entre uma prática política e uma concepção de linguagem: a responsabilidade de traduzir o in-traduzível.
Todos os 15 trabalhos recolhidos nesta obra buscam, cada um a sua maneira, responder a uma pergunta inicialmente proposta: “quais seriam o papel e a responsabilidade de traduzir Jacques Derrida, no Brasil?”.
“Qual seria o lugar da desconstrução ao se engajar ‘em torno do que se chama enigmaticamente idioma, das armadilhas do idioma’, dado que ‘uma língua não é um idioma’? Qual o papel do tradutor nesse lugar do impossível, do incomensurável da sua própria língua e de seu idioma, tendo de suportar o incomensurável da língua e do idioma do outro, se – para a desconstrução – não há fronteira entre língua e idioma? Como pensar a contaminação entre língua e idioma, entre o intraduzível e a tradução? E, assim, qual o lugar do tradutor nessa não-fronteira entre língua e idioma?” Paulo Otoni
Participam da coletânea
Leyla Perrone-Moisés, Evando Nascimento, Marcos Siscar, Kanavillil Rajagopalan, Anamaria Skinner, Antonio Romane, Olívia Niemeyer dos Santos, Paulo Ottoni (org.), Fábio Landa, Márcio Seligmann-Silva, Luiz Fernando Medeiros de Carvalho, Alcides Cardoso dos Santos, Élida Ferreira (org.), Francisco de Fátima da Silva e Cristina Carneiro Rodrigues.
(capa: Vande Rotta Gomide)
Imagem: Olivia Nyemeier)