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Área de interesse:
Professores e formadores em Biologia e Ciências para o Ensino Fundamental
Estudantes de graduação em Educação e Biologia.
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Diferente do que pensamos, o meio ambiente não é um tema do modismo atual, e não surgiu subitamente. No entanto, nos últimos 50 anos a humanidade começou a sentir, a cada década mais, os resultados do fascínio pelo progresso a qualquer preço e do seu afastamento com a natureza
Os resultados da má administração do Planeta mostraram que os problemas ambientais não eram pontuais e temporários, pois se estenderam da relação do homem com a natureza, para as relações do homem com o próprio homem.
É nesse cenário, que o ser humano experimenta as consequências do seu descaso para com o meio ambiente, mas, também, se vê convocado a repensar o seu papel no Planeta.
A educação tem um importante papel para a mudança desse triste quadro, pois embora não seja a salvação é um caminho que possibilita o transformar. A escola pode ser um espaço que proporciona essa tomada de consciência, principalmente se tiver como objetivo promover o desenvolvimento afetivo e moral de seus alunos, pois sabemos que não basta conhecimento da questão ambiental, é preciso valorizar a natureza e, acima de tudo, querer um Planeta melhor, agindo de forma coerente a isso.
O professor por ser o mediador dessa interação do sujeito-conhecimento tem um papel fundamental e insubstituível.
Este livro tem como objetivo convidar os educadores a refletirem sobre a problemática ambiental, e as formas de desenvolverem um trabalho de conscientização com seus alunos, numa visão construtivista, auxiliando-os a se transformarem em cidadãos planetários.
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TEMAS DISCUTIDOS NA OBRA:
INTRODUÇÃO
AS GRANDES QUESTÕES AMBIENTAIS
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Ética e meio ambiente
UM EXEMPLO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
COLOCANDO EM PRÁTICA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A valorização da vida
O público e o privado
O desperdício e o consumismo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A teoria de Piaget e sua importância na educação ambiental
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
“Meio Ambiente e Educação: uma dupla de futuro” é um livro que tem como objetivo sensibilizar o educador a novos olhares para o meio ambiente. Quando falo sobre novos olhares me refiro a valorizar a vida como o verdadeiro centro do ambiente e suas interações.
Sim, a vida esse privilégio que todos os seres do Planeta ganharam e que tanto lutam para a sua continuidade. Educar para a vida, não para a ameaça ou recompensa. Quem for bom com o meio ambiente terá recursos quem não for enfrentará catástrofes. Esses não são os discursos que a Educação Ambiental deve defender, mas sim, que os seres residentes nessa grande casa chamada Terra, têm o direito a continuar nela e é preciso despertar no Homem o valor de todas as formas de vida, inclusive a humana. Não são só macacos, jacarés, árvores centenárias que estão sofrendo com esse modelo de desenvolvimento econômico. Não são os pobres filhotes de urso polar que estão com suas vidas ameaçadas pela ambição humana, mas são crianças indígenas morrendo de fome em Dourados, idosos na Rússia, meninas na China, soldados americanos, jovens iraquianos, todos vítimas de um sistema que nos cega e nos impede de enxergarmos o quanto desvalorizamos aquilo que realmente importa no Planeta: a vida.
Educar para o meio ambiente é educar a favor da vida. A terra estará salva e a vida valorizada como a maior riqueza que possuímos, quando todas as decisões a serem tomadas nos congressos, cúpulas internacionais, banco mundial, reuniões ambientais, reuniões dos países desenvolvidos, organização mundial do comércio e os governos de todos os países tiverem como foco principal a manutenção da vida com qualidade.
A escola tem o poder de desenvolver esse novo olhar, mas para isso, os educadores precisam refletir sobre a forma com que trabalham a educação ambiental em sua escola, pois muitas vezes, munidos de ótimas intenções, defendem o meio ambiente com ações antagônicas a valorização da vida. Sabemos que o fazem porque não tiveram a oportunidade de conhecer e pensar sobre as questões ambientais e com isso, acabam educando embasados no senso comum.
Infelizmente, muitas campanhas e até mesmo essa forma sensacionalista de apresentar as questões ambientais, não associam a preservação do Planeta a necessidade de uma mudança nos valores dos seres humanos.
A escola deve despertar nos alunos a vontade de conviver harmoniosamente com a vida em suas diferentes formas e a perceber o quanto sua presença nos faz bem. Como é bom caminhar numa trilha dentro de uma mata! Sabem por quê? Porque nela há vida. Vida das plantas que trocam ares com a nossa respiração, onde o ar que sai de suas folhas penetra dentro dos nossos pulmões. Quer maior sintonia? Caminhar imaginado que vários olhares curiosos nos observam dentro dessa mata, que prazer em estarmos em contato com a vida, pois sabemos que não estamos nunca sozinhos.
A educação construtivista, embasada nos pressupostos piagetianos, acredita que o conhecimento ocorre das interações do sujeito com o meio a partir de sucessivas equilibrações Essas ocorrem quando o indivíduo, a partir de uma situação de desequilíbrio cognitivo, motiva-se a procurar o equilíbrio e assim vai modificando seus esquemas e ampliando seus conhecimentos.
Neste livro apresentaremos propostas de trabalhos, em educação ambiental, cujo principal objetivo é oportunizar os alunos a pensar e a repensar as questões ambientais, suas ações e valores, vivenciando situações de conflito, experimentando e refletindo sobre diferentes pontos de vistas, sempre focado na importância de nossas ações estarem embasadas na cooperação, pois só esse tipo de educação favorecerá a manutenção da vida no Planeta.
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Sobre a Autora: Adriana Regina Braga é Bióloga, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano e Educação, pela Faculdade de Educação da Unicamp. Membro do LPG, Laboratório de Psicologia Genética, Unicamp e do GEPEM, Grupo de Pesquisas em Moralidade. Docente do curso de pedagogia da FAV, grupo Anhanguera e de cursos de extensão universitária e pós-graduação no Estado de São Paulo.