Em um mundo dominado pela tecnologia e pela disseminação rápida e constante de informações, é muito preocupante constatar que a maioria dos brasileiros escolarizados não consegue, por exemplo, localizar informações explícitas em textos ou realizar operações matemáticas simples. O problema exige estudo e mobilização para que possa ser superado. Caso contrário, como estes brasileiros irão ingressar no mercado do trabalho? Que possibilidades terão de ingressar no ensino superior e continuar aprendendo por toda a vida se lhes falta o domínio de habilidades cognitivas básicas para intervenção no mundo contemporâneo? Como estes estudantes irão saber, por exemplo, diferenciar o que é fato daquilo que é mentira? Como irão julgar as fontes de informação e como irão avaliar as implicações das informações que recebem? Em suma, ao que parece esses jovens estão sendo condenados a replicar a vivência triste de uma já ancestral subcidadania, típica de uma nação historicamente estruturada por enorme desigualdade social. Diante desses dados alarmantes, pesquisadores de várias partes do país têm se dedicado a investigar formas de contribuir para superar as lacunas existentes em nosso sistema educacional, tentando encontrar soluções para problemas relevantes e urgentes. Os autores de Psicolinguística e Metacognição na Escola fazem parte deste grupo de professores que têm se dedicado a investigar questões relacionadas à leitura e ao ensino da língua portuguesa.
SOBRE O ORGANIZADOR:
Marcus Maia é doutor em Linguística pela University of Southern California - USC, (1994). Realizou estágio de pós-doutorado na área de Processamento da Linguagem como pesquisador visitante na City University of New York - CUNY (2003-2004). Foi professor visitante no Departamento de Espanhol e Português e no Language Acquisition Research Center da University of Massachusetts Amherst, no primeiro semestre de 2012 e no Departamento de Linguística da Massey University, Nova Zelândia, no segundo semestre de 2017. Atualmente é professor titular de Linguística do Departamento de Linguística e do Programa de Pós-graduação em Linguística da Faculdade de Letras da UFRJ. É bolsista de Produtividade em Pesquisa, nível 1C (CNPq) e Cientista do Nosso Estado (FAPERJ). Membro fundador da Rede Nacional de Ciência para a Educação. Fundou e coordena o Laboratório de Psicolinguística Experimental (LAPEX). Coordenou o Grupo de Trabalho de Psicolinguística da ANPOLL no biênio 2006-2008. Atua nas áreas de Psicolinguística, Teoria e Análise Linguística e Línguas Indígenas Brasileiras, desenvolvendo pesquisas e orientando projetos sobre processamento sintático e lexical, sintaxe experimental, teoria da gramática, psicolinguística e educação, línguas indígenas.
SOBRE OS AUTORES:
Aleria Lage é Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2005), docente permanente e atual coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFRJ. Professora efetiva do Departamento de Linguística e Filologia da UFRJ, Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ e membro efetivo do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do IESC, da Câmara Técnica de Ética em Pesquisa (CTEP) da UFRJ. Trabalha nas linhas Gramática na Teoria Gerativa; Linguagem, Mente e Cérebro; e Tecnologia e Inovação em Linguística. Atua em Gramática Gerativa; Neurociência da Linguagem, com técnica de extração de Potenciais Relacionados a Evento (ERP); Psicolinguística Experimental; Aquisição de Linguagem. Coordena o LADS - Laboratório Aspectos da Derivação Sintática: Neurofisiologia da Linguagem e Psicolinguística (http://www.lads.letras.ufrj.br).
Aline Saguie é graduada em Letras (Português-Italiano) na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, pesquisadora do Laboratório de Psicolinguisitica Experimental (LAPEX-UFRJ). Trabalha na área de processamento da linguagem sob a perspectiva da Morfologia e tem interesse na interface entre a psicolinguística e a educação.
Ana Luiza Machado é aluna de Doutorado em Linguística, Psicolinguística e Neurociência da Linguagem no Laboratório de Acesso Sintático (ACESIN-UFRJ) sob a orientação da professora Aniela Improta França e co-orientação do professor Marcus Maia (LAPEX-UFRJ). Também faz parte do Laboratório LER/UFRJ. Graduada em Letras (Português-Literaturas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em Linguística pelo programa de pós-graduação em Linguística também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante o Doutorado Sanduíche na Australian National University, em 2018/2019, foi orientada no estágio pela Professora Elisabeth Mayer e trabalhou como Professora de Português no Departamento de Português da ANU.
Aniela Improta França tem doutorado e pós-doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estagiou no Cognitive Neuroscience of Language Lab da Universidade de Maryland, USA, no Instituto de Neurologia da UFRJ e no Ambulatório de AVC da UFF. É Professor Associado do Departamento de Linguística da UFRJ e membro efetivo do Programa Avançado de Neurociência (PAN-UFRJ). Desde 2006 coordena o Laboratório de Acesso Sintático - ACESIN formando alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado em teoria linguística, aquisição de linguagem e em psicolinguística e neurociência da linguagem. É Pesquisadora do CNPq, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, Membro da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE), coordenadora do projeto de internacionalização da Pós-Graduação em Linguística da UFRJ junto ao Projeto CAPES-PrInt (quadriênio 2018-2022).
Cristiane Ramos de Souza é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), contemplada com bolsa CAPES e em fase final de tese. É membro do LADS - Laboratório Aspectos da Derivação Sintática: Neurofisiologia da Linguagem e Psicolinguística (www.lads.letras.ufrj.br) e do LER - Laboratório de Eletroencefalografia e Rastreamento Ocular da Linguagem. Suas áreas de interesse são Neurociência da Linguagem, Psicolinguística, Leitura e Educação. Concluiu o Mestrado em Linguística na UFRJ (2015) e Especialização em Neurociência Pedagógica na Universidade Cândido Mendes (2011). Atuou como Professora Regente de Língua Portuguesa e Língua Inglesa na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Graduou-se em Letras pela UERJ (2004), onde foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq.
Daniela Cid de Garcia é professora adjunta de inglês no Departamento de Anglo-germânicas da Faculdade de Letras, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora no Laboratório de Psicolinguística Experimental (LAPEX-UFRJ), tendo como foco processamento de palavras, processamento da leitura e aquisição de L2. Atua como orientadora no Curso de Línguas Aberto à Comunidade (CLAC) da UFRJ, e é membro titular do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Português-Inglês da UFRJ. Doutora em Linguística pela UFRJ (bolsista CAPES) e mestre em Linguística pela UFRJ (bolsista Capes). Foi pesquisadora visitante (CAPES-Fulbright) no Laboratório de Neurolinguística da Universidade de Nova York (NYU).
Emily Silvano é fonoaudióloga clínica e educacional da Prefeitura Municipal de Resende, com especialização em Psicopedagogia e Educação Especial pela Universidade Veiga de Almeida. É mestre em Linguística, tendo defendido sua dissertação “Rastreamento ocular de orações temporariamente ambíguas: reflexões sobre os efeitos garden-path e good-enough na leitura de alunos de curso fundamental e superior” em 2018, sob a orientação do Prof. Marcus Maia, no Programa de Pós-graduação em Linguística da UFRJ. Atualmente é doutoranda em Linguística no mesmo Programa, com bolsa CAPES.
Katharine da Hora é bacharel em Letras (Português-Russo) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob orientação do Professor Doutor Marcus Maia, é integrante do grupo de pesquisa Laboratório de Psicolinguística Experimental - LAPEX, tendo como principal área de interesse o Processamento da correferência em Português. Integra também o Laboratório LER (Laboratório de Eletroencefalografia e Rastreamento Ocular). Durante o segundo semestre de 2017 foi bolsista de doutorado sanduíche na Universidade de Lisboa sob orientação da Professora Armanda Costa e da Doutora Paula Luegi.
Kátia Abreu é professora adjunta de Linguística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), campus da Faculdade de Formação de Professores (FFP), em que atua como docente e orientadora (IC, Especialização e Mestrado) em cursos de Graduação, Especialização em Língua Portuguesa e no Programa de Mestrado Profissional - PROFLETRAS. Atualmente é a Coordenadora do PROFLETRAS da UERJ. Tem experiência na área de Educação, com ênfase no ensino de Língua Portuguesa. Atua como pesquisadora nas áreas da Psicolinguística Experimental e da Morfologia, com foco para os temas: (i) Compreensão de leitura; (ii) Alfabetização e Letramento formal e (iii) Ordenação de afixos. É pesquisadora do Laboratório de Eletroencefalografia e Rastreamento Ocular da Linguagem (LER/UFRJ) desde sua implantação.
Mariana Fernandes é doutoranda pelo programa de Pós-graduação em Linguística (2018-) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Bolsista Capes (2018). Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (2015-2017) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Licenciada em Letras: português-latim (2015-2016) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Bacharel em Letras: português-latim (2011-2014) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Bolsista CNPq-Pibic (2011-2013). Mediadora das Jornadas Pedagógicas de Educação Infantil da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2013-2017). Professora de Educação Infantil (2012). Atualmente, faz parte da Gerência de Formação Continuada do Professor Regente da Escola de Formação Paulo Freire.
Paulo Maia é pós-doutorando em Ciência da Literatura na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pesquisa sobre o realismo na representação dos pobres no cinema urbano brasileiro contemporâneo. Doutor em Literatura Comparada pelo programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura da Faculdade de Letras da UFRJ e Mestre em Estudos Literários pela Faculdade de Letras UFPR. Desde 2016, é professor de Programa de Pós-graduação do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (NIDES/UFRJ), na linha Trabalho e Formação Politécnica. Desde 2009, é pesquisador no Grupo de Educação Multimídia (GEM/UFRJ), atuando como coordenador desde 2016.
Rafaela Aquino é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro do grupo LIFSS (Laboratório de Interface Sintaxe-Semântica), onde atua com pesquisas na área da Teoria da Gramática Gerativa e Morfologia Distribuída, tendo como foco o estudo de estrutura argumental em nominalizações, palavras complexas e verbos leves. Atualmente, integra o Grupo de Educação Multimidia (GEM), contribuindo para o desenvolvimento de metodologias participativas que integrem os estudos linguísticos ao ensino crítico de língua portuguesa.
Sabrina Santos é Mestre em Linguística e Bacharel em Letras Português-Francês pela UFRJ. Atualmente, é doutoranda do curso de pós-graduação em Linguística da Faculdade de Letras da UFRJ. É membro pesquisadora do Laboratório de Psicolinguística Experimental (LAPEX/UFRJ) e membro colaboradora do laboratório de extensão Grupo de Educação Multimídia (GEM/UFRJ). Suas áreas de interesses são: processamento da linguagem e desenvolvimento de metodologias participativas de ensino-aprendizagem.
Sara dos Santos Ribeiro é Doutoranda (bolsista Nota 10 FAPERJ) do Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro sob orientação do professor doutor Marcus Maia, na linha de pesquisa Linguagem, Mente e Cérebro. Mestre pelo mesmo programa, sob orientação do mesmo professor, com dissertação intitulada “O processamento da oração principal em períodos compostos por subordinação e coordenação: padrões de leitura e formação de pontos de vista”. Foi pesquisadora visitante (PDSE-CAPES) e professora assistente (lecturer) no Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da University of Massachusetts, Amherst, no primeiro semestre de 2019. Tem como principal área de interesse o processamento de orações, conectivos, aquisição e linguística educacional.
Thiago Albuquerque é mestre em Tecnologia para o Desenvolvimento Social na linha de pesquisa Trabalho e Formação Politécnica, pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social (PPGTDS-UFRJ, 2018). Graduado em Educação Artística (Artes Plásticas na Escola de Belas Artes da EBA/UFRJ (2016). Graduado em Gravura (EBA,/UFRJ, 2008). Atua como educador, pesquisador e extensionista no Grupo de Educação Multimídia (GEM/UFRJ) desde 2011. Possui experiência em educação, ilustração, design, produção audiovisual e desenvolvimento de jogos.