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Na historiografia educacional brasileira há certos temas que despertam maior interesse de estudiosos e outros que permanecem nas sombras, talvez pelo receio de penetrar no “tempo proibido”. Atrevi-me a estudar a Instrução Pré-Militar no Atheneu Sergipense para apanhar a pluralidade de entendimentos existentes sobre as práticas militares naquela instituição civil pública de ensino secundário, com a clareza de que há muito a se explorar da relação entre educação e militarismo, escolas militarizadas e outros aspectos que estiveram e ainda estão em pauta. Aliás, a educação cívico-militar está na “ordem do dia” e cabe a nós, agarrarmos a mão da história na tentativa de evitar equívocos do passado, fazendo a defesa da democracia - nossa única via de escape.
A obra apresenta a escola - o Atheneu Sergipense, como lugar que servia para iniciar a preparação militar, por ser um espaço que congregava o público do serviço militar obrigatório, contribuindo para reforçar a importância da formação da juventude para a defesa nacional. Assim, as experiências de preparação dos corpos e mentes dos jovens eram justificadas no objetivo maior de defesa da nação. Mas, ao tempo em que as normas do Exército despertaram o interesse de alunos para seguir carreira em seus quadros formativos, também provocaram mal-estar entre aqueles que não se entusiasmaram com o preparo militar e que registravam a sua “insubordinação”, deixando de cumprir as ordens recebidas.
SOBRE A AUTORA:
Rosemeire Marcedo Costa, nascida em Poço Verde, SE, graduou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe. Na mesma instituição de ensino superior deu continuidade aos estudos, alcançando os títulos de Mestre (2003) e Doutora (2018) em Educação. Atualmente é professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa “Disciplinas Escolares: História, Ensino, Aprendizagem (DEHEA/UFS/CNPq)”.