O presente livro aborda a filosofia de uma forma geral, fazendo a relação entre filosofia da natureza e filosofia da linguagem, pensando não ser possível separar as duas formas de filosofia. Não é uma revisão histórica da filosofia, mas tem uma pretensão ambiciosa: Confrontar tudo o que se tem pensado em filosofia, fazendo uma espécie de acomodação/confrontada entre filosofia da linguagem e filosofia da natureza. Partindo da obviedade de que as palavras não são as coisas, faço a seguinte proposição: na relação entre homens e as coisas do mundo, criam-se as palavras; na relação entre homens e as palavras ampliam-se as coisas. Na origem, as palavras (signos) surgem para responder as necessidades das relações entre os homens e desses com as coisas do mundo; no desenvolvimento dessas relações, as palavras ampliam as formas de pensar do homem em relação às próprias coisas do mundo, criando-se novas coisas apenas por palavras. Assim, existem palavras que não têm referência nas coisas do mundo, mas não existem, principalmente para o pensamento humano, coisas no mundo que não sejam nomeadas e/ou representadas por palavras. Existem nomes sem coisas, mas jamais coisa sem nome. Nesse caso, a palavra estabelece a ordem para todas as coisas existentes no mundo e, ao mesmo tempo, elabora a ordem para as coisas que existem como possibilidade dentro e além do mundo. As crenças religiosas, a mística popular e a ficção / especulação científica fazem muito bem esse trabalho: criam nomes sem coisas.
SOBRE O AUTOR:
Manoel Mathias Ferreira é Formado em Pedagogia pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Udesc (2006). Mestre (2011) e Doutor (2015) em Ciências da Linguagem pela Universidade do Sul de Santa Catarina, Unisul. Trabalha como Técnico Judiciário na Comarca de Tubarão, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Publicou em 2001 um livro de poemas intitulado Nódoa & Orvalho e, em 2015, outro de contos intitulado Olhar Avesso. E-mail: mathiasmtf@gmail.com