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Com o advento da modernidade conjugada à racionalidade científica, a escola assumiu para si o papel de lidar com as individualidades na perspectiva de educar para a formação do ser racional. Assim argumenta-se que a epistemologia da institucionalidade da escola, suas regras e normas e valores, se constitui de uma construção histórica a partir de um parâmetro de homogeneidade e “normalidade”, desconsiderando, por exemplo, a pluralidade do saber, da expressão cultural e comportamental e que esta é a razão fundamental da desconexão das regras escolares com a prática da vida cotidiana na condição de vulnerabilidade social. Isto porque na prática da vida, as pessoas não são todas iguais, tampouco buscam a sobrevivência de forma igual, novos saberes distantes da institucionalidade escolar são construídos, especialmente aquelas que vivem no âmbito da condição de pobreza e/ou vulnerabilidade social.

Sobre o autor:

Lindomar Wessler Boneti é graduado em Ciências Sociais (licenciatura plena) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte; mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; doutor (PhD) em Sociologia pela Universidade Laval – Québec – Canada e realizou estágio de Pós-Doutorado no Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Fribourg – Suíça. Atualmente é professor titular e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, atuando no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas e no Programa de Pós-Graduação em Educação, integrante do grupo de pesquisa Migração, Educação e Direitos Humanos; membro pesquisador da Associação Internacional de Sociólogos de Língua Francesa, com atuação no Comitê de Pesquisa “Identidades, Desigualdades e Laços Sociais; membro da RED – Rede internacional e interdisciplinar de estudos sobre a desigualdade.